domingo, 23 de setembro de 2012

De volta

Anos sem postar aqui. Muita coisa mudou, mas, como tudo é cíclico, cá estou. Vontade de escrever, e, desta vez, realmente escrever.
Muitos temas me passam pela cabeça, e estou meio sem saber como começar.
Tomando decisões, e na esperança de que, pelo menos, algumas coisas mudem, principalmente, dentro de mim. Porque a real mudança só pode ser dentro de si mesmo, impossível mudar o outro. Por mais que se argumente, que haja razões plausíveis, cada um tem seu tempo. Tempo de amadurecer, de refletir, de teimar em ficar na mesma até quando tudo diz que devemos mudar. Mudar de estratégia, de comportamento, até de corte de cabelo! É difícil ser quem se é. Cada ser é único, e a gente teima em se colocar numa caixinha, onde já estão tantos outros. Ser mais um, igual a tantos, na esperança de que dê menos trabalho... Ilusão! É só perda de tempo. Só há ganho em SER. O resto... bom, o resto é aprendizado.
Boas vindas a mim mesma!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Poluição deve ser maior causa de mortes, diz especialista -

Poluição deve ser maior causa de mortes, diz especialista -


Hermano Freitas

Direto de São Paulo


O ritmo acelerado das mudanças climáticas e a crescente poluição atmosférica devem ser as maiores ameaças à saúde do homem e a principal causa de mortes nos próximos anos. Esta é a conclusão do encontro mundial de médicos especialistas em Copenhagen, na Dinamarca, segundo o médico Paulo Saldiva.

Saldiva, que coordena o laboratório de poluição da Universidade de São Paulo (USP), foi o único brasileiro a participar. Ele afirma que a preocupação com as emissões de carbono deve ser formalizada em um documento, a ser elaborado no próximo mês, em novo encontro na Índia. A ideia é elaborar uma recomendação a ser entregue na próxima conferência sobre clima, que será realizada também em Copenhagen.

Após retornar do encontro da Associação Médica Mundial e da Organização Mundial da Saúde, realizado nesta semana, Saldiva criticou a timidez da resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que fixa em 2013 a data para que carros emitam a quantidade de carbono que hoje é produzida pelos carros americanos e europeus.

Confira os principais trechos da entrevista:

Como o senhor vê a última resolução do Conama?
Não podemos negar que há um avanço, mas é um avanço dentro de um retrocesso histórico. Do ponto de vista da saúde da população, continuaremos atrasados porque teremos em 2013 o que os EUA e os países da Europa têm hoje. Seguiremos defasados, portanto. Podemos dizer que foi um passo para a frente depois de 10 para trás.

Onde a medida poderia ter avançado mais?
Poderia ter sido aprofundada a questão da limpeza dos combustíveis. O diesel brasileiro ainda é péssimo, muito poluente. Enquanto seguirmos dando incentivos à indústria automobilística uma resolução como a do Conama parecem mais uma pirotecnia eleitoral do que um compromisso sério com a saúde da população.

A resolução é divulgada em meio ao debate sobre a exploração do Pré-Sal. Como fica a exploração do petróleo neste contexto?
O Pré-Sal está sendo vendido como uma panacéia para todos os problemas econômicos do País. Mas quem garante que daqui a 10 anos não será visto como um mico? O encontro de que participei concluiu que as mudanças climáticas e a poluição atmosférica será o maior problema de saúde e a principal causa de mortes. Na hora em que faltar comida e água ninguém vai lembrar do petróleo do Brasil.

Como reduzir, então, o consumo do combustível fóssil?
Precisamos de políticas sérias que levem em conta a saúde das pessoas. Sei que o representante de algum setor pode dizer que sou ingênuo, mas haverá alguns que perderão. Precisamos reduzir já o uso do solo para o automóvel, investir em transporte público, caminhar, usar bicicletas, reduzir as emissões de carbono. Não fiquei impressionado com (a resolução do) Conama, não me deu esperanças como médico nem como cidadão brasileiro.

Redação Terra

domingo, 16 de agosto de 2009

Embalagem de vidro volta às lojas - Economia - Estadão.com.br


Embalagem de vidro volta às lojas

Indústria retoma produção até de mamadeiras de vidro, aproveitando debate sobre supostos problemas no uso do plástico

Marili Ribeiro

Em setembro, retornam ao mercado as mamadeiras de vidro fabricadas no Brasil. Elas tinham desaparecido das gôndolas. Os modelos encontrados eram importados, já que a versão em plástico era a preferida do consumidor. A indústria líder do setor de embalagens de vidro no País, Owens-Illinois, associou-se a um laboratório para a investida. É uma primeira ação para aproveitar a crescente onda internacional que discute o uso de embalagens de plástico por causa da presença do elemento Bisphenol-A. Há uma discussão entre especialistas se essa substância pode provocar danos à saúde.

As mamadeiras de plásticos e derivados já foram proibidas no Canadá por causa dessa discussão, que vem crescendo e esquentando há dois anos tanto na América do Norte quanto na Europa. Aliás, não só elas. Outras embalagens da indústria do plástico estão na berlinda por serem usadas para alimentos e bebidas. Nos EUA, 20 dos 50 Estados americanos discutem o tema. Dois deles, Illinois e Minnesota, já aboliram.

Lucien Belmonte, superintendente da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas do Vidro (Abividro), reuniu, somente nos últimos dois meses, mais de 40 artigos publicados nos principais veículos estrangeiros sobre o assunto. "É uma briga de proporções semelhantes à que acabou provando os danos do amianto", diz ele. "Não duvido nada que, se continuar nesse caminho, vá se descobrir que o atacante Ronaldo não consegue emagrecer porque mamou muito em mamadeiras de plástico." Entre os estragos do Bisphenol-A estaria a obesidade.

No Brasil, o assunto ainda está fora dos holofotes. Mas está presente nos bastidores da indústria petroquímica. Aliás, dizem os defensores do vidro e de outros materiais como cartonados e alumínio, a poderosa indústria ligada à cadeia de produção de plástico não tem interesse no debate sobre o assunto. Mais de 50% das embalagens de produtos nas indústrias de alimentos, bebidas, cosméticos e farmacêutica é feita com derivados de plásticos. O custo menor é o principal apelo para a indústria.

"É uma discussão recorrente há dois anos, mas não se tem nenhum estudo científico conclusivo", diz Francisco de Assis Esmeraldo, presidente da Instituto Socioambiental dos Plásticos (Plastivida), uma entidade mantida pelas empresas do setor de plásticos. "O Bisphenol-A é utilizado basicamente na linha de policarbonatos, que atende a produção de mamadeiras. É um material que está na lista positiva da Anvisa (Resolução 105, que normatiza o que pode entrar em contato com os alimentos)", defende Esmeraldo.

Com ou sem adesão à discussão, há também uma discussão sobre as preferência do consumidor. Os fabricantes dizem que têm pesquisas demonstrando a preferência pelas embalagens de vidro. Mas essa suposta preferência não corresponde à presença nas prateleiras dos supermercados. O maior entrave é o custo. O vidro é pesado e tem risco de quebra. Logo, pede gastos maiores com logística e transporte.

"Para embalar vegetais, o vidro fica 30% mais caro do que as latas de flandres, principalmente porque existe o custo de rotulação e tampa, que a lata dispensa", conta Odilon de Oliveira, diretor de marketing da Conservas Olé, empresa familiar com 40 anos de mercado, que há dois anos inovou no segmento ao adotar o vidro na linha de ervilhas e milho. Com a estratégia de diferenciação, ele dobrou sua participação de mercado e obrigou três concorrentes a seguir a iniciativa. "Temos outros projetos encaminhados, só depende de viabilizá-los economicamente para chegar com preço competitivo no ponto de venda."

Pesquisa com 3 mil consumidores de nove países, entre eles o Brasil, encomendada pela multinacional Owens-Illinois, mostra a preferência do consumidor por vidro. Segundo a Owens-Illinois, 91% dos consumidores preferem alimentos em embalagens de vidro. Mesmo assim, apenas 10% dos alimentos hoje são embalados em vidro no mercado nacional.

A percepção de qualidade está muito associada à transparência que exibe o produto. Isso faz com que a indústria o utilize em categorias premium e acaba cobrando mais por isso. "Em dois anos, cresceu 30% a procura de vidro por fabricantes de produtos orgânicos", conta Rildo Lima, diretor de vendas e marketing da Owens-Illinois. Essa boa imagem ajuda o crescimento do setor que, no ano passado, atingiu 1,1 milhão de toneladas, 10% em relação a 2007.

A Owens-Illinois investiu em um sofisticado programa de engenharia, semelhante ao da indústria automobilística, e montou um laboratório de design para desenvolver moldes exclusivos. Em menos de cinco anos, fez 250 projetos. Tenta também eliminar entraves às embalagens de vidro, como manter a resistência e reduzir o peso. Passou a fabricar para a Coca-Cola garrafas de 290 ml retornáveis com 28% menos vidro e, portanto, mais leves.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Anatel publica regulamento para internet via rede elétrica - Terra - Internet

Anatel publica regulamento para internet via rede elétrica - Terra - Internet

Foi publicada nesta segunda-feira pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a medida que aprova o Regulamento sobre Condições de Uso de Radiofreqüências por Sistemas de Banda Larga por meio de Redes de Energia Elétrica (BPL) no País. A Resolução 527, que libera a adoção da nova tecnologia de internet, cuja prestação é feita pela rede elétrica, define critérios técnicos para o oferecimento do serviço através de comunicação de dados utilizando radiofreqüência na faixa entre 1.705 kHz e 50MHz.

O sistema BPL será oferecido através da instalação de um modem feito com chips de silício, desenvolvido por empresas de equipamentos tecnológicos. Por cabos ligados à tomada com o formato de um plug, o aparelho irá conectar a rede elétrica ao computador, meio pelo qual será disponibilizado o acesso à web com velocidade de cerca de 200 megabits por segundo e por onde o BPL irá receber os dados informáticos.

"Ele funcionará como um conversor que você ligará na tomada e, a partir disso, terá acesso à internet no seu computador pela captação de dados repassados pela rede elétrica", explica Diana Tomimura, especialista em regulação da Anatel. "Esse equipamento poderá ser ligado em qualquer tomada residencial que forneça energia elétrica para que seja possível navegar no espaço virtual", complementa.

Ainda sem custo definido, o que depende da adesão ao produto e do interesse de fabricantes e prestadoras em oferecer a tecnologia, a internet via rede elétrica deverá ter, no entanto, um valor semelhante às assinaturas atuais de acesso à web. "A idéia é que este serviço seja competitivo no mercado de internet", diz Marco Antônio de Oliveira Tavares, gerente operacional de planejamento da Anatel.

Ele destaca também como diferencial do sistema BPL o benefício da capilaridade do acesso à energia elétrica no país, em mais de 90% das residências. "Temdo energia elétrica em casa, será possível ter acesso à internet", argumenta o gerente operacional. "Não será preciso ter linha telefônica para poder ter internet", reforça ainda a especialista Diana.

Os equipamentos que vão ser utilizados no sistema BPL deverão ter certificação de uso específica reconhecida pela Anatel. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) irá dispor sobre a prestação do serviço elétrico. As empresas interessadas em prestar serviços de internet em sistema de BPL devem apresentar à Anatel, no mínimo 30 dias antes do início de suas operações, informações referentes à criação e à manutenção de uma base de dados pública.

Até o dia 11 de maio, a Aneel fará uma consulta pública sobre o interesse em prestação de serviços de banda larga pela rede elétrica. Para o dia 13 de maio, está agendada uma reunião da Aneel, em Brasília, ocasião na qual serão decididas a redação final da regulamentação.

O BPL já é oferecido na Europa, a exemplo da Espanha, onde é oferecido por companhias especializadas em internet elétrica.

Redação Terra

quarta-feira, 1 de abril de 2009

67 mil já bloquearam marketing por telefone, diz Procon - Estadao.com.br

Acabei de registrar o bloqueio das minhas linhas. Espero ardentemente que funcione.

67 mil já bloquearam marketing por telefone, diz Procon - Estadao.com.br

Cadastro é gratuito e bloqueio é feito em 30 dias após o registro no site da instituição de Defesa do Consumidor

Anne Warth, da Agência Estado

SÃO PAULO - Em apenas seis dias, 67.030 consumidores paulistas pediram o bloqueio de suas linhas telefônicas e não receberão mais ligações de telemarketing. O balanço é da Fundação Procon-SP, que recebe solicitações desde o dia 27 de março pelo site www.procon.sp.gov.br.

Até as 13h30 desta quarta-feira, 1º, 123.508 números de telefone foram cadastrados no site da entidade. Cada consumidor pode cadastrar a quantidade de telefones que quiser, fixos e celulares.

O cadastro é gratuito e o bloqueio será feito 30 dias após o registro no site do Procon. A solicitação deve ser feita pelo titular da linha, que deve informar CPF, RG e endereço.

O direito ao bloqueio de ligações de telemarketing está previsto na Lei Estadual 13.226/08, regulamentada pelo Decreto 53.921/08. As empresas que desobedecerem a determinação poderão pagar multa que varia de R$ 212 a R$ 3,1 milhões.

Se 30 dias após o cadastro o consumidor receber alguma ligação de telemarketing, poderá registrar uma reclamação no site do Procon sobre a empresa que o abordou, o horário da ligação e, se possível, o nome do atendente.